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Aprovada a candidatura para a reabilitação do Convento de São Francisco de Real

O Programa Operacional Regional do Norte aprovou a candidatura submetida pelo Município de Braga para a conservação, valorização e promoção do Convento de São Francisco de Real. Com um investimento total de cerca de 2,5 milhões de euros, a intervenção tem como prazo de execução dezembro de 2021.

O projeto visa reabilitar o Convento de São Francisco, estabelecendo a reposição da coesão espacial do conjunto monumental composto pela Igreja de São Francisco/S. Jerónimo, Mausoléu de São Frutuoso (monumento nacional) e Convento de São Francisco, tendo em vista a sua visitação. A intervenção conta com um financiamento de 850 mil euros ao abrigo do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), ao qual se junta o investimento municipal superior a 1,5 milhões de euros, para o qual o Município irá recorrer ao Banco Europeu de Investimento.

“Este financiamento é determinante para a intervenção no imóvel e só foi possível graças a um grande empenho conjunto entre Autarquia e a Universidade do Minho (UMinho), ao qual se juntou a Direção Regional de Cultura Norte (DRCN) e a Paróquia de Real, entidades parceiras neste projeto”, refere Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga.

Recorde-se que a 24 de setembro de 2019, o Município de Braga, a UMinho, a Direção Regional de Cultura Norte (DRCN) e a Paróquia de Real, assinaram um protocolo de colaboração para a recuperação do Convento de São Francisco de Real que vai permitir a integração do edifício num circuito de visita integrada que contempla também o Mausoléu de S. Frutuoso e a Igreja de S. Francisco de Real.

O programa base da operação integra a abertura do monumento à visitação interpretada, com circuito que inclui os dois primeiros pisos do convento, o mausoléu, a igreja e a sacristia; a construção de um Centro de Documentação nos domínios da arqueologia, arquitectura e história, que ocupará o terceiro piso do convento, acolhendo ainda uma biblioteca especializada e o núcleo de apoio ao Convento da unidade de Arqueologia da UMinho que assegurará o serviço educativo e a produção atualizada de conteúdos para complementar o circuito de visita.

O Convento de São Francisco passará a ser num equipamento polivalente, aberto à população, assumindo-se como um polo de difusão do conhecimento e também como ponto turístico de qualidade.

De acordo com o reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro, a  reabilitação do Convento de S. Francisco “permitirá valorizar, ainda mais, os activos patrimoniais constituídos pelo Mausoléu de S. Frutuoso e pela  Igreja de S. Francisco de Real, formalizando-se, deste modo, um conjunto monumental com forte potencial cultural e turístico, susceptível de ser integrado em redes e itinerários regionais, nacionais e internacionais do património, considerando o potencial deste conjunto de monumentos para a investigação e valorização do património de Braga. Na verdade, a valorização do Convento ajudará a consolidar a importância do Mausoléu de S. Frutuoso, que possui já um elevado e internacionalmente reconhecido valor histórico-cultural, científico, arqueológico e arquitetónico”.

“Esta intervenção é uma a oportunidade de reabilitar um dos grandes testemunhos do nosso património assente num projeto integrado que tirará partido do Mausoléu de S. Frutuoso – monumento nacional desde 1944 -, e da Igreja de S. Francisco de Real, que integra como bens móveis classificados o Cadeiral Seiscentista do coro alto e o Relicário da Sacristia”, acrescenta Ricardo Rio, sublinhando que este é um projeto identificado na estratégia de reabilitação urbana ARU Norte, e que será “determinante para a valorização de toda esta área e para o posicionamento turístico e cultural de Braga”.

O projeto visa promover e valorizar a excelência de um património cultural, com enorme potencial de se integrar no contexto de estratégias regionais distintivas de desenvolvimento turístico; repor a coesão espacial de todo o conjunto monumental tendo em vista a sua visitação integrada; reabilitar e valorizar um edifício monástico localizado na zona de protecção de um monumento nacional.

Esta candidatura foi aprovada pelo Programa Operacional Regional do Norte, no aviso “Património Cultural – Infraestrutural” na prioridade de investimento de conservação, proteção, promoção e o desenvolvimento do património natural e cultural.

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