O crescimento sustentado durante os últimos 20 anos do SC Braga foi um dos temas em destaque na tarde do segundo dia do TFS Stage, onde marcou presença António Salvador, presidente do emblema bracarense, que esteve à conversa com Rui Orlando, diretor da Delegação do Porto da Sport TV.
Recentemente conquistado o apuramento para a fase de grupos da UEFA Europa League, o líder dos Guerreiros do Minho começou por recuar no tempo e sublinhar o encaixe financeiro do SC Braga, para além do novo formato da competição.
“Estar nas competições europeias é muito importante, principalmente neste novo ciclo. Ficámos apurados depois de seis jogos e, com a nova alteração dos quadros competitivos da UEFA, sem jogar na fase regular já encaixámos a segunda maior receita de sempre, 12 milhões de euros. Este novo formato para o SC Braga é bom, traz mais jogos e mais receita. A competição da UEFA é fundamental para a estabilidade do clube. Não estávamos habituados a fazer três eliminatórias para entrar na competição como este ano, mas os clubes não podem pensar em ficar fora das competições europeias”, disse António Salvador, vincando que a saúde financeira do SC Braga permite encarar a temporada com serenidade.
“Especialmente nos últimos cinco anos, porque as receitas têm aumentando e isso é importante para o SC Braga. É valorização para o clube e para o plantel. Nos últimos 20 anos, faturámos 580 milhões de euros. Destes, mais de 300 milhões foram vendas diretas de jogadores. Se não estivéssemos na UEFA, não seria possível termos essas verbas. Dos restantes quase 300 milhões, nos últimos 10 anos, mais 110 milhões vieram da UEFA e 68 milhões da televisão. O eixo destas receitas é fundamental. Nos últimos cinco anos faturámos 70 milhões na venda de jogadores e mais 78 milhões de euros da UEFA”, acrescentou.
Por outro lado, António Salvador abordou igualmente o tema da centralização dos direitos audiovisuais, partilhando a postura do emblema bracarense. “A televisão é a receita mais baixa das três receitas ordinárias. A centralização é um assunto no qual é preciso falar. Ouvi Frederico Varandas dizer que não pode dar um passo atrás nas receitas da televisão e estou de acordo, mas o SC Braga também tem de dar um passo em frente, mas gigantesco. Os direitos televisivos terão de dar um passo gigantesco em frente, mas as outras receitas também devem ser trabalhadas para aumentar patrocinadores, bilhética e tudo o que envolve esta realidade”, revelou.
Por fim, o líder do SC Braga, que é, ao mesmo tempo, o presidente no ativo com mais tempo no comando de um clube da Liga Portugal, reforçou o seu amor aos Gverreiros do Minho e à causa bracarense. “Achava que ia ser presidente do SC Braga com 32 anos e achava que ia estar lá dois anos. Fui para lá por uma causa e ao fim de quase 22 anos, continuo presidente. Não sei por quantos mais anos, mas não estou arrependido. Tenho muito orgulho em representar este clube”, concluiu.
