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Amares: Ana Luísa Amaral recebeu Prémio Literário Francisco de Sá de Miranda

© CM Amares

A escritora Ana Luísa Amaral recebeu o Prémio Literário Francisco de Sá de Miranda pela obra “Ágora”. A cerimónia decorreu na Casa da Tapada, em Fiscal, Amares, local onde viveu parte da sua vida o poeta a quem o prémio homenageia.

“Foi um prazer imenso entregar o prémio da 1.ª edição ao escritor Nuno Júdice. Hoje, é também com enorme honra que entrego o prémio à escritora Ana Luísa Amaral, a quem agradeço muito a sua presença em Amares. Peço-lhe que leve o nome do nosso concelho e que a partir de agora faça parte da sua história”, disse Manuel Moreira, presidente da Câmara Municipal de Amares, que entregou o prémio à escritora.

A cerimónia foi abrilhantada com um recital de poesia protagonizado por Leonor Alves e um momento musical a cargo do Trio de Flautas da AECA.

“Ágora” foi escolha unânime entre o júri

O Prémio Literário Francisco Sá de Miranda está na sua segunda edição e é promovido bienalmente pela Câmara Municipal de Amares, através do Centro de Estudos Mirandinos, com o intuito de homenagear e divulgar o poeta e humanista Francisco de Sá de Miranda, bem como incentivar a criação literária no domínio da poesia. Esta edição contou com a participação de 202 autores, que concorreram ao prémio no valor pecuniário de 7.500 euros. O júri integrou o vereador da Cultura da Autarquia, Isidro Araújo, Ana Isabel Moniz, da Universidade da Madeira, e foi presidido por Sérgio Guimarães de Sousa, Diretor do Centro de Estudos Mirandinos.

Sérgio Guimarães de Sousa admitiu que “foi uma verdadeira maratona ler no escasso tempo disponível todas as obras a concurso, até porque ler poesia é ler com demorada atenção”. Reconheceu, no entanto, que a escolha foi “unânime” e destacou algumas razões que levaram a escritora a vencer o concurso literário, desde logo “a condição humana que ocupa um lugar central”, mas também a relação com obras maiores da pintura e a revisitação de episódios bíblicos.

Ana Amaral recebeu distinção com “honra e privilégio”

“É uma enorme honra e privilégio para mim receber este prémio, cujo patrono é Sá de Miranda, para mim um dos maiores da literatura portuguesa e também a meu ver o maior sonetista da nossa história. Agradeço muito ao júri que me concedeu esta distinção”, sublinhou a escritora. “Sá de Miranda é um autor cuja poesia se mantém atual”, acrescentou a escritora para quem “a grande poesia é do seu tempo, mas atravessa tempos, tem essa capacidade”. Deixando uma reflexão sobre a arte, Ana Luísa Amaral confessou que “a arte, e no meu caso, a arte da poesia é absolutamente fulcral, pois é a partir dela que sentimos e pensamos o mundo, os outros seres vivos e viventes, e nos pensamos enquanto seres humanos”. No final, a poetisa deixou uma palavra de carinho à sua filha, genro e pai.

Depois de ouvir a poetisa, Isidro Araújo, vice-presidente do Município de Amares e membro do júri, mostrou-se “emocionado” com o discurso da escritora. “Foi um momento único que todos tivemos o privilégio de partilhar e agradeço à Ana Luísa Amaral pela lição que deixou”, enalteceu Isidro Araújo, desejando votos de um futuro cheio de sucesso à poetisa.

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